terça-feira, 5 de outubro de 2010

Inversão de valores.... UMA TRISTE REALIDADE


Essa pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável:
"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos...
Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Uma pergunta tão simples e ao mesmo tempo tão complexa! Atualmente, educar requer muito mais que formação acadêmica ou, até mesmo, amor ao que faz! Educar é uma arte que deve valer-se de valores humanos, morais e éticos que jamais deveriam ser esquecidos, mas que por ironia do destino estão sendo esquecidos e até deturpados! A inversão de valores que toma conta da nossa sociedade atual é tão avassaladora quanto achar que é tudo normal! A família está sem identidade - perdeu-se a sua base - seus telhados são de vidros... E então, pergunto: o que serão feitos dos filhos dessas famílias?

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive... De nada adianta o professor ensinar na escola que se deve preservar e tal, se não há um referencial familiar! O trabalho nesse caso será inútil! Educar deve preceder de uma parceria escola e família, mas a cada situação vivenciada percebemos a triste realidade, não há parceria!

O que fazer, então? Desistir? Jamais! Insistir! E quem sabe um dia...

Bem, agradecimentos ao Profº Sérgio Brito pelo e-mail reflexivo! E dizer que estamos juntos nessa luta!

Deixo aqui uma reflexão para o momento:

O Sermão da montanha - "versão para educadores"

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:

- “Em verdade, em verdade vos digo:

Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Felizes os misericordiosos, porque eles...”

Pedro o interrompeu:

- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:

- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:

- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:

- Vai cair na prova?

João levantou a mão:

- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:

- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:

- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:

- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:

- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:

- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!


Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para o levantamento dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:

- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...


(Dennis Hamburger)

3 comentários:

  1. É aquela velha frase,

    "Criança vê, criança faz..."

    Ótimo texto amiga,
    parabéns e abraço \o

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  2. É como penso mesmo, Tati. Sem um referencial familiar, de que adianta os professores ensinarem? Mas por outro lado, essa falta de referencial da criança pode ser exatamente a falta de referencial que os pais nao tiveram. Tudo é uma cadeia de ações. Coitados dos professores, tão dedicados, mas às vezes malham em ferro frio.
    O seu artigo diz muito pra mim, que defendo esses valores básico.
    (uma historinha rápida pra vc refletir. Certa vez vi em Brasília uma mãe roubando pequenos objetos numa loja de departamentos e colocando na bolsa. Detalhe: a mãe estava com uma criança nos braços... )
    Beijos... rs.

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  3. CORRIGINDO: a falta de referencial que os pais tiveram. Melhor explicando> também eles nao tiveram um referencial.
    Bj

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