Detentor de uma carisma irreconhecível, Ariclenes (como Victor Valentim) mesmo não sendo o responsável pelas criações apresentadas sabe muito bem representá-las, por isso torna-se o sucesso que é. Nem mesmo com a armação do seu desafeto, Jacques Leclair (ou melhor dizendo, André Spina) - aquela "Cacatua" - e sua compassa a manipuladora da Clotilde, foi capaz de ofuscar ou até mesmo arruinar o sucesso que foi o desfile de Victor Valentim.
Ariclenes sempre mostra-se mais inteligente e com traços beirando a genialidade, o markentig criado em torno do espanhol cria o mito que traz um misto de mistério e criatividade. Muitos se questionam porque nessa nova versão não há os "velhos" e "bons" duelos que existiam em 1985/1986 entre os estilistas concorrentes... Acredito que já sei a resposta, na versão original, tanto o Luiz Gustavo quanto o Reginaldo Farias sabiam dividir a cena e traziam a expectativa do duelo que os tornavam imbatível... cada um na sua dinâmica. Na versão atual (reamke), Murilo Benício simplesmente rouba a cena, e digo mais ele não faz isso de propósito e nem tão pouco a autora o faz dessa forma. Murilo foi tão natural e espontâneo em criar o seu Ariclenes e sua identidade secreta "Victor Valentim" que acabou ofuscando o personagem esteriotipado do Alexandre Borges, o qual na minha visão criou 'trejeitos' desnecessários e até forçados a seu personagem, por incrível que pareça, André Spina / Jacques Leclair consegue ser chato e desproporcional para o contexto no qual está inseridos. Alexandre peca pelos execessos!
Fico feliz por saber que a cada produção o Murilo Benício consegue expor sua versatilidade de forma única, misturando elementos como romantismo e comédia, ele é único no que faz! Sabe o que faz e o faz da melhor forma possível! Na dose certa!
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